Ah, tá : Comida di Buteco 2017 em Paquetá

Deve ser bom ser fofoqueiro mas deve ser ruim ser bebum ou pular a cerca (tô fora dos três) em Paquetá, que todo mundo se esbarra, se não de bicicleta, nas barcas.

Tão logo pus os pés no solo dos tamoios, o telefone toca: meu grande amigo Renato, em mudança para a ilha e então a caminho do continente, me vira saindo da barca. Renato, flamenguista muito marcado, estava ainda rouco depois de virar a noite de domingo comemorando a conquista do seu time na Estrela do Sul junto ao Wagner Nascimento, árbitro da partida.

Meu objetivo era fazer o pequeno roteiro do Comida di Buteco da ilha: o novato Zeca's e, um ao pé do outro, o Quintal da Regina, que ano passado serviu imperdível caldinho de arraia, que perdi, e o M. M. Vitória.

O Zeca's estava ótimo. As tortinhas de massa folhada recheada com camarão na manteiga e requeijão cremoso, acompanhadas de crocantes chips de aipim gratinados com cheddar e bacon, não fizeram feio. Ao me despedir, apertei as mãos do velho Zeca e exultei "Rumo ao título!", cousa bem provável, se não houver, claro, interferências ilícitas, aos 40 do segundo tempo, a favor do Caldo Beleza (no Flamengo).

De lá fui ter com a Lia, a querida mulher do Renato, então às voltas com uma mudança recente. No chão da sala, seus cadernos de culinária dialogavam com a guitarra do marido e com as apostilas de Wittgenstein do Renatinho. Nada que o Quintal da Regina, com suas Gostosas de Paquetá (linguiças artesanais acompanhadas de farofa de germe de trigo com banana verde e tomate assado) não acalmasse.

Já estava satisfeito, mesmo porque o terceiro participante da ilha oferecia maxixe com carne seca, coisa que não como. Mas fui acompanhar minha anfitriã e logo estávamos ali, nesse que é o mais boteco dos três, caindo de boca no Maxixe da Moreninha, ainda mais depois que conseguimos contrabandear umas Paquetá Weiss do empório em frente.

Zeca

Regina

Vitória

Vitória

Vitória

Na biblioteca comunitária da Regina, meu escritor favorito