Wednesday, February 08, 2017

O Rio, esta mocetona ciumenta e ciosa



Gosto muito dessa história de o português ter gênero masculino e feminino, não consigo me imaginar, como língua materna (A língua materna, só podia ser feminino), fazendo como o inglês, por exemplo, e falando simplesmente the beer. Não dá. Bem, alemão tem masculino, feminino e neutro e usa estúltimo das para cerveja, francamente!

Cerveja é feminina. Cidade também.

Esta em que vivo, moça quatrocentona, é orgulhosa demais pro meu gosto, mas perdoo. Perdoo, por exemplo, que sábado último, durante o lançamento da biografia da Clementina, último finde de férias para tantos, haja ela nos brindado com aquele crepúsculo. Ela (cidade, não Clementina), que tanto espiou-me sobre o ombro tecendo loas pra Cidade do Cabo.

Nem precisava, Rio.

Eu disse 'crepúsculo'?

gostando igual antigamente
da palavra crepúsculo.
Que o mundo é desterro eu toda vida soube.
Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai
pra casa onde estão Quelé
e a Vovó Lelé. 

< Adélia, uma vez mais rasurada no final >








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