Wednesday, November 30, 2016

Fahrenheit 451 :: Tornando-se Book People




The good people?
The book! The book people!

 Há alguns anos assisto com meus alunos ao Fahrenheit 451, do Truffaut, conforme postei aqui. Este post, aliás, fala que ao final dos trabalhos eles se tornam book people. Fazemos assim: primeiro espalho pelas paredes da sala o início de romances clássicos em língua inglesa, se bem que entram também A Metamorfose, do Kafka, A morte de Ivan Ilitch, do Tolstói, A Desobediência Civil, do Thoreau, e "Annabel Lee", do Poe e "Song of Myself", do Whitman. Dentre outras coisas. Ou seja, não entra só prosa de ficção e o texto não precisa ter sido escrito originalmente em inglês. A tarefa deles é identificar cada texto, sendo que, para facilitar um pouco, forneço a lista com os nomes de autores e obras pendurados nas paredes.

Feita a correção, cada um escolhe o livro que vai se tornar, abandonando para sempre, portanto, a sua antiga identidade de Mariana, Lucas, Julia, Augusto. Eles têm um tempo para memorizar o texto e, então, apresentam-se uns aos outros: "It's nice to meet you, I'm The Great Gatsby, by Francis Scott Fitzgerald", "Oh, really? I'm A Christmas Carol, by Dickens", e eles então recitam-se uns aos outros. E assim fazendo, transmitem o precioso, como quem passa água de mão em mão em concha,

Porque, como no filme disse a sensível Clarisse ao Montag, em breve esta idade das trevas, de PECs e escola sem partido, irá terminar e livros serão impressos novamente. E a literatura, a liberdade, a beleza poderão novamente vir à luz sem medo.









Tuesday, November 29, 2016

Vasco 2 x 1 Ceará



gorilas bêbados abraçaram-se duas vezes
recolheram os braços outra tanta
e o caboclo eufórico na subida da rampa
vaticinara tudo

E sem o Jethro Tull tampouco existiria o Sabbath



Toni Iommi empolgou big time ante a perspectiva de tocar no Jethro Tull, uma banda de verdade, em vez de um baterista incipiente pouco chegado a banhos, um baixista hippie amalucado também incipiente e um piá doido de pedra. A ponto de esses outros três serem os primeiros a dizer que ele tinha mais é que ir mesmo.

Bem, tocar e conviver com Ian foi um choque de realidade para Toni. 'Amanhã ensaio às 9 da manhã, sem atraso!' já foi esquisito. Terminado o primeiro ensaio, precisamente ao meio-dia para o almoço, foi ele se sentar à mesa com Ian e ouvir os demais membros da banda "Psiiiiu, não se senta à mesa do Ian!". Foi demais. No sentido ruim da palavra.

Toni disse que estava caindo fora, ao que o chefão do Jethro apenas pediu-lhe que participasse do projeto "Rock and Roll Circus', dos Stones, compromisso já agendado e tal. Ele então foi. Vê-lo no palco de chapéu completamente sem jeito fingindo que está tocando a ótima "Song for Jeffrey" (é tudo playback) é de dar dó. Mas é demais, em todos os sentidos da palavra.

Terminada a brevíssima experiência em Londres, ele pode voltar para seus amigos em Birmingham, com quem reorganizou a banda, que ainda se chamava Earth.

Hora de voltar aos ensaios. E Toni é enfático: "Amanhã de manhã às nove. Sem atraso."



PS: O projeto dos Stones, que incluía Eric Clapton, John Lennon e The Who, gravado em 1968, só foi lançado em 1996. Um atrasozinho de 30 anos. Coisas do Brasil. Acho que Toni Iommi mesmo nunca viu esse vídeo. Agora, claro, ele pode assisti-lo aqui no blog. =)



Sem Django Reinhardt não haveria Black Sabbath



Lembram de Sweet and Lowdown (1999) do Woody Allen? Então, Emmet Ray considerava-se o segundo maior guitarrista de todos os tempos. Porque o primeiro posto era reservado para o Django, a quem ele idolatrava.

Django Reinhardt, por sua vez, era aquele músico francês nascido na Bélgica, mas cigano antes de qualquer coisa, daqueles nascidos em caravana acampada à beira, sempre à beira, das cidades. Fez fama e algum dinheiro, mas nunca adaptou-se a uma vida profissional 'moderna', preferindo muitas vezes ignorar uma gig para ir tocar com a irmandade gitana. Aos 18 anos, devido a um incêndio, Django perdeu a mobilidade de dois dedos. Os médicos, claro, disseram que ele não poderia mais tocar guitarra ou banjo.

Todos sabemos que Toni Iommi não tem as duas falanges distais (aka falangetas?) do dedo médio e indicador, justo de sua mão direita, ele que é canhoto. Estas foram cortadas por uma máquina soldadora quando ele tinha 17 anos, justo na tarde que seria sua última de trabalho e justo quando ele iria se juntar ao The Birds and the Bees.

Foi um golpe terrível. Deprimido, a ponto de desistir de tudo, Toni recebe a visita de seu ex-chefe, o irresponsável que o colocou para trabalhar na guilhotina sem qualquer treinamento, em substituição a uma empregada que faltara. Este chefe lhe presenteia com um disco do Django, dizendo coisa como 'Ó, se esse cara aí conseguiu...'.

The rest is history.





Sunday, November 27, 2016

Outro Painel de Celino :: Cascatinha Taunay



Já fiz compilação de painéis azulejares de Celino aqui e aqui. Bem, ontem encontrei um trabalho seu no tradicional azul e branco, o primeiro até agora.

Retrata a Cascatinha Taunay, o que é apropriado: o painel localiza-se no primeiro prédio da subida do Alto (ou será o último prédio antes que a subida comece?). Representação oitocentista: reparem nos negros na labuta, de costas para a cascata (não tinham tempo pra isso) e a elite branca enchapelada contemplando o sublime na natureza.

Interessante (e exagerada) a cercadura branca.





Lembro agora que, há coisa de dois anos, eu já registrara este outro interessante painel em casa bem no coração do Alto. Não dá para ver se assinado.



Nava e o Leão do Alto



Quem nunca reparou no leão branco na subida do Alto? Fez parte da minha infância, nas inúmeras subidas para a Praia da Barra, fez parte da juventude de Pedro Nava, em seus tresloucados anos de Pedro II.

Assim lemos em Chão de Ferro, ele lembrando, euforicamente, a euforia das saídas do internato:

Mudou a palavra mas não mudou o ouro do dia -- porque hoje é sábado! nem mudaram nossos corações forros e nossa alegria solta -- porque hoje é sábado! Era essa alegria que nos espalhava na rua e nos fazia reagruparruar na ruarrua. Subíamos e descíamos os degraus escadaria de cantaria, cavalgávamos a amurada de pedra, íamos voltávamos bebíamos sem sede na biquinha de bronze do nicho de granito dourado pelo tempo, montávamos o leão de mármore cuja cauda foi arrancada por um de nossa turma (ele -- o leão -- agora se encontra, rabo restaurado, na Estrada Nova da Tijuca -- é o mesmo, corríamos nos separando novamente embolando nos atropelando como revoada de pássaros, bando de terriers saltando dando cambalhotas gambadando camba gamba pulando-carniça batendo canhão-vovó.


Eu já me dava satisfeito ao reencontrar o leão. Fiquei ainda mais ao perceber-me observado por notável capela de macacos-prego. Coisas de quem tem a maior floresta urbana do mundo tão ao alcance da mão, perdoem-me o ufanismo.

PS: E não haverá nesses macacos alguma semelhança com o grupo de Nava? É voltar lá e verificar se o rabo do leão continua lá, ali onde terminam as costas.




Friday, November 25, 2016

A Serbian Book



Tenho uma aluna muito querida de nome Alice Hooper, a quem na hora da chamada chamo de Alice Cooper. Culpa da minha Witzelsucht. Seus colegas, por brilhantes e igualmente queridos, não pegam, mas anyway. (Se bem que, lembrei agora, um outro aluno, já formado, de nome Igor Foti e que também sofreu com a minha Witzelsuch, não apenas conhecia Alice Cooper como recomendou-me a música "Only women bleed").

Voltando à Alice. Acabamos de assistir e analisar Fahrenheit 451. Se fosse se tornar uma book person, ela seria Alice in the Wonderland, o que acho ótimo: numa sociedade distópica em que um vampiro golpista desse aval ao escola sem partido e congelasse investimentos na saúde e educação por 20 anos (god, nem Bradbury, nem Truffaut!), nessa sociedade distópica, ela poderia contar-me as aventuras do Chapeleiro Louco e eu, em troca, lhe falaria da Diadorim.

O que há de sérvio nisso tudo? Ela deu pra nossa coleção (minha e do Dante) lindo livrinho em sérvio. Um joia, uma joia. E ela perguntando ainda se... servia. Obrigado, moça.

Guardo-o aqui, junto ao croata (aqui), lado a lado. Esses sonhos.



Wednesday, November 23, 2016

Santa Teresinha do Túnel :: O Mosaico de Carlos Oswald



A Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus de Lisieux, também conhecida mais prosaicamente por Santa Terezinha do Túnel, localizada em Botafogo, mais precisamente entre o Rio Sul e o Túnel Novo, possui, em um exame apressado, localização privilegiada, entre dois tradicionais bairros da Zona Sul carioca. Mas por estar precisamente entre shopping e túnel, em uma via expressa, acaba passando meio que despercebida. É o que hoje me parece, embora, confesso, eu a tenha notado criança ainda, quando me quedava intrigado com o latim de sua fachada, onde lê-se BEATE, algo muito próximo do nome da banda que eu amava e que era coisa só minha.

Se ela é, de fato, pouco conhecida, é pena. Além de ser contundente exemplar do art déco entre nós, possui em sua abside um dos mosaicos mais lindos, dir-se-ia mesmo emocionante, de nossa cidade, obra de Carlos Oswald.

Para os admiradores do artista, a visita é obrigatória. Para além da grandiosa obra musiva, há também uma pintura de sua autoria. (E também os vitrais?)









Tuesday, November 22, 2016

Crônica da Casa Assassinada, de Lúcio Cardoso



Escrevi aqui sobre onde Lucio Cardoso começou  a escrever seu romance principal, a obra-prima da literatura brasileira que é Crônica da Casa Assassinada (1959), cuja leitura concluí numa noite de sábado de 92 e que, assim como aconteceria com A cidade e os Cães quase vinte anos depois, deixou-me uns minutos petrificado, olhos estatelados contra o branco da parede.

Ao lançar Taipa, em 94, foi da Casa que retirei a epígrafe:

que é o para sempre senão (...) a força enfim que modela esse que somos diariamente, mas o possível, o constantemente inatingido, que perseguimos como se acompanha o rastro de um amor que não se consegue, e que afinal é apenas a lembrança de um bem perdido -- quando? -- num lugar que ignoramos, mas cuja perda nos punge

Relendo-o agora, reencontrando as marcações que eu fizera, a sensação não difere muito. Relevando uma falha estrutural já apontada por Manuel Bandeira -- a de que todos os personagens, de carizes tão díspares quanto Nina e, digamos, o Padre Justino, têm a mesma voz --, a trama que aos poucos se constrói com os diários, cartas, narrações, confissões, depoimentos é, de fato, tão fascinante quanto perturbadora.

Impossível não traçar um paralelo com Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar: a força do patriarcalismo tradicional, que tenta manter-se de pé a todo custo, mesmo que corroído à exaustão em seu interior. Era preciso destruir os Meneses, pacto de morte firmado entre Nina e Timóteo e secretamente endossado por Lúcio Cardoso, que em entrevista disse que era preciso destruir Minas Gerais.

Toda uma literatura existencialista e psicológica, que não encontrou forma feliz num Octávio de Faria, tem aqui uma de suas expressões definitivas. 

Casa Léa Pentagna



Sunday, November 20, 2016

RUPHUS ::: Flauta mais maravilhosa



A cena progressiva norueguesa dos anos 70 não se compara à sueca, quantidade e qualidade. Ainda assim, cito de memória: Prudence, Folque, Aunt Mary, Høst, Junipher Greene, Popol Vuh / Popol Ace e, last but not least, Ruphus.

Que o Ruphus é um dos nomes seminais desta cena é escusado lembrar. Tivesse eu que convencer alguém, tocaria esta música aqui, "Scientific Ways", do seu primeiro álbum, de 1974. Curioso que ela tem um balanço, meio black meio soul, meio que inesperado no progressivo e que destoa mesmo do álbum, que muitas vezes tem uma pegada hard, à la Uriah Heep.

Mas o mais lindo mesmo é a flauta. Minuto e meio no paraíso.



Bolinho de Arroz Vermelho de Camargue



Enfim provo do mítico arroz vermelho de Camargue, essa pouco falada região pantanosa do sul da França, que tem ainda a desventura de estar ao lado da Provence. Já li duas explicações para o fato de se plantar arroz por lá, ou melhor, para o fato de a produção de arroz ter se fortalecido depois da Segunda Guerra: a primeira fala na dessalinização daqueles pântanos, quando então tradicionais salinas foram substituídas pela cultura do arroz. Outra fala na inevitável perda da Indochina (tadinhos do franceses), quando então percebeu-se que o rico arrozinho não iria mais chegar tão fácil assim e tiveram que encontrar meios de plantá-lo em seu próprio território.

Seu grão é longo e duro. Acredito que o ideal para prová-lo, principalmente na primeira vez, seria comê-lo puro, mas entrei numas de fazer bolinhos.

Não sei achamos o ponto certo do cozimento. Quando transformado em bolinho, fizemos como os de vagem, nada de arredondamentos, ficou delicioso. Principalmente quando encimado por geleia de mirabelle.

Arroz e geleia foram mimos da Maíra. Merci.

Trouxe os regalos e ainda brincou com o Dante

Saturday, November 19, 2016

Ah que delícia o tempinho assim



Escondo sempre um sorriso levemente amargo quando ouço / leio coisas como 'ah, que delícia o tempinho assim, se meter debaixo de umas cobertas e ficar o dia inteiro assistindo a filmes', quando o 'tempinho assim' significa, claro, um dia de muita chuva.

Vai ter um filho com autismo dentro de casa para ver como é bom um dia assim.

Mas não fico amargurado, não, é a vida de cada um, o ambulante da praia também sorri amargamente, depois fica muito sério e depois manda todos, em fila indiana, à merda. Quanto a nós aqui (e tenho eu parcela de ambulante), bem, quem não aparece para visitá-lo não irá aparecer mesmo, já espero pouco ou nada, o difícil é efetivamente entretê-lo com qualidade por uma infinita manhã, por uma tarde interminável.

E Dante adora chuva, chuvas e ventos, o que, não, não facilita as coisas.

Friday, November 18, 2016

Bill Ward nos Vocais :: Swinging the Chain



Reli com gosto (coisa que raramente acontece) postagem minha de mais de três anos acerca do Bill Ward (aqui). Assino embaixo e, estivesse a fim de editar, colocaria o álcool ao lado da cocaína, quando trato de suas lutas ao longo da vida / carreira.

A verdade é que toda a banda usou e abusou. É um milagre que o Vol. 4 exista, é outro milagre (Infinitas são as graças do Senhor) que exista o Never Say Die! A diferença, dirão os especialistas, é que o primeiro é maravilhoso e o segundo, uma porcaria. Todo mundo acha isso, incluindo a banda e, claro e principalmente o Ozzy, que faz chacota descarada e exemplifica o seu desgosto com a "Break Out". A única coisa que o impressionou em toda a "experiência jazzística" do Sabbath foi a capacidade dos músicos convidados de beber. Pelo visto, maior que a sua. O que de fato impressiona.

Enfim, depois farei postagem sobre o Never Say Die!, esta obra-prima maravilhosa que apenas eu e um uzbeque amamos (não é zoeira! O site do uzbeque está aqui).

Esta postagem é também para o Bill, que mais uma vez não virá ao Brasil ver as araras na Avenida Rio Branco.

Em toda a fase áurea do Sabbath, Bill cantou apenas duas músicas: a beatlesiana "It's alright" e a derradeira, canto de cisne "Swinging the Chain".

Existem diferentes versões para o fato de Ozzy não ter assumido os vocais aqui. De qualquer modo, é uma música maravilhosa e a detratada "Break Out", se para nada mais, serve como introdução perfeita, como reforçou a mixagem. Bill está muito mais seguro que na canção do Technical Ecstasy, incluindo agudos inesperados. Uma gaita fantasmagórica, distorcida, não tocada por Ozzy (claro, se ele se recusa a cantar ia tocar gaita?), uma mudança de tempo (2:50), a cornucópia inventiva de Toni Iommi.

Seria isto música desprezível de um álbum ruim de uma banda então decadente.

Só ela vale toda a discografia do Guns.


Thursday, November 17, 2016

Meu Pai e os Quilombolas de Simões Filho




Tenho pelo menos quatro livros sobre quilombos / quilombolas: os dois acima e dois outros monográficos sobre Castainhos, em Pernambuco, e sobre uma comunidade perto de Juiz de Fora.

Há coisa de alguns anos vivi um dilema ético terrível, coisa mesmo hamletiana, para não dizer de Bodhisattva. Explico.

Meu pai querido, um dos homens da minha vida e com quem muito (tudo?) aprendi sobre honestidade e ética, é advogado da Marinha. Pouco mais que isso: é consultor jurídico do Ministro da Marinha.

E aqui, parênteses: ele é civil. Pode parecer que fujo do assunto, mas gosto de lembrar: no grande embate Lula X Collor em 1989, ele votou no primeiro. E até final de semana passada, do alto dos seus 81 anos, tentava convencer minha irmã a não anular o seu voto e, sim, votar no Freixo. Logrou sucesso. Isso um civil que passou seus últimos 60 anos trabalhando em meio a militares.

Pois. Este pai, sujeito que já pediu que se colocasse em sua lápide (toc-toc-toc) apenas a frase AMOU OS LIVROS, viu-se enredado num caso que já vem de longe, que é a disputa que a base naval da Marinha de Aratu, em Simões Filho, Grande Salvador, tem com quilombolas da região.

Quando soube que ele iria, naturalmente, por dever do ofício, advogar a favor da Marinha e contra os quilombolas, hesitei mui fortemente se emprestaria a ele o livro Quilombolas - Tradição e Cultura da Resistência ou não! Negar um livro a meu pai, a quem tanto devo? Jamais! Emprestá-lo sabendo que ele faria uso dele contra os quilombolas? Nunca!

Claro que a leitura do livro poderia ser importante para que ele visse o outro lado do embate; porém, de qualquer modo, ele ratificou que iria fazer parecer requerendo a terra para a Marinha que, em troca, ofereceria aos quilombolas "coisa muito melhor" e que iria usar o livro de algum modo para amparar a sua posição.

Emprestei-lhe o livro, deixando clara a minha posição e cheio de temores. O pai fez seu parecer. Os quilombolas, malgrado os esforços do consultor, continuam lá, não arredam pé. 

Não foi desta vez e espero que nunca.

Wednesday, November 16, 2016

A diferença entre Loneliness e Solitude



Diferenças óbvias como: a primeira é de banda inglesa e saiu em 1970 ao passo que a segunda é de norte-americana de 1971 quase que nem contam, mesmo porque prefiro ver semelhanças aí : bandas anglófonas do início dos 70.


Solitude :

Loneliness :


Tuesday, November 15, 2016

Dance me to the end of love :: Cohen + Matisse



Publicado em 1995, Dance me to the end of love reúne a letra da canção de Leonard Cohen, originalmente do disco Various Positions de 1984, e pinturas e colagens do Matisse. Ideia que muito me encanta : juntar texto e imagem, sem que esta seja mero suporte daquele ou vice-versa, de modo a criar um terceiro espaço.

O resultado final é bonito, embora eu tenha a impressão de que poderia ser ainda mais.