Thursday, March 13, 2014

Fahrenheit 451 :: A Livraria



Há mais de dez anos passo para os meus alunos o filme Fahrenheit 451. A não ser confundido com o Fahrenheit 9/11, documentário do Michael Moore que o usou como intertexto. Fahrenheit 451 é filme do Truffaut de 1966 e o diretor francês, aliás, ficou zangado que Moore usou título semelhante "sem o consultar". Pode? Enfim.

Enfim, o clássico de Truffaut, um filme de ficção científica baseado no romance de Ray Bradbury de 1953, é lindo. Pelo gênero, envelheceu mal nos aspectos da tecnologia, claro, mas sua mensagem de luta contra a tirania e de amor aos livros é perene e atual.

Ao passar para alunos do Ensino Médio, tenho o cuidado não só de adverti-los sobre o desgaste de técnicas cinematográficas para se fazer sci-fi à época, mas também de poupá-los de algumas cenas, francamente descartáveis.

A mensagem é perene.  A cena final, eterna.

E no final todos nos tornamos book people.

O que eu não esperava era encontrar livraria em Roma de nome Fahrenheit 451. Esbarrei com ela no caminho da Birreria Baladin, no Campo de Fiori, o que é quite quite appropriate, já que Giodarno Bruno foi queimado ali. Hoje sua estátua encapuzada meio que assusta, mas soturnos eram os medíocres, bombeiros avant la lettre, que o mataram.


 






alunos se tornam book people

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