Tuesday, December 29, 2009

A poesia sopra onde quer

Já que falei recente em "orkut à moda antiga", não tem aquela história de escritor que escrevia em tudo quanto era lugar: caderninhos, contas de telefone e, claro, guardanapos? Clarice era assim, um monte era. Hoje é mais provável o cara abrir o notebook no colo para, depois de alguns chopps, escrever uma poesia feita literalmente nas coxas. Mas não há crítica aqui, tipo antes que era bom, hoje é ruim.

De qualquer modo, tinha eu hoje almoço com o pai. Cheguei meia hora mais cedo e ele, vinte e cinco minutos mais tarde, o que me deu a bagatela de quase hora para preencher. Pedir algo para comer não vale; para beber, claro, vale. Escrever um poema no guardanapo também.


MORNING DREAMS


"If I ain't dead already
Oooh girl you know the reason why"
Lennon


Aren't foolish those who are
satisfied with their dreams at night?
Fools are they
'cause the night
friend or foe
gives itself enough feed
and veils with its wings our minds.

I dream in the morning
the same dream
I dream.

Though recurring
and painful
never do I get enough.

You call me up
saying you miss my voice and my tender ways.
We talk for hours.

How hackneyed it is.
But it is a dream.
No control over it, girl.

1 comment:

Anonymous said...

a beautiful dream